Acima de Águas de Cuiviénen - 8 de outubro de 2003
Andando sozinho na escuridão,
Debaixo do manto da noite eterna;
Estrelas no alto, e pedras no chão
Em volta das águas de Cuiviénen.
O nome de Varda ali não conhecem;
“Gilthoniel, Elbereth!” não se ouve por lá.
Pois nunca A Que Acendeu As Estrelas
Em Cuiviénen pousou o olhar.
Adoram-na, mesmo sem ter conhecido
O seu nome, o seu lugar;
Pois ao despertar e olhar para cima
Viram estrelas brilhando no ar…
Brilhando tão longe… Um brilho intenso…
Por entre’as folhagens, a luz quer passar…
É como se tudo’estivesse imerso
Na luz, mesmo fraca, um tanto astral…
Em Cuiviénen, nas águas calmas,
Os fogos de Varda de novo estão;
E tanto nas águas quanto no alto
Estão muito longe p’ra os alcançar…
“O que será isso?”- os Quendi pensaram;
Respostas não tinham a essa quastão.
“Olhai!”- foi o que eles então exclamaram,
E’o que eles viram não esquercerão…
---
Milênios passaram-se; muito sofreram
Os Eldar, os Avari, do Grande Mal;
E para as águas de Cuiviénen
Não mais é possível, um dia, voltar…
Mas – seja em Aman, Nargothrond, Valfenda –
Enfim, onde’um dia um Quendi passar,-
Jamais poderão esquecer as estrelas
De Cuiviénen, ao despertar…
Nenhum comentário:
Postar um comentário